Arquivo do mês: abril 2014

Desagravo ao Macaco

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De manhã tinha banana

na campanha que engana

 

O seu mundo de primata

Infla o bolso do aristocrata

 

Seu presunto era um suíno

Bolonhesa era um bezerro

 

Vejo a mesa do almoço

É a fauna num enterro

 

Esse mundo tem serpente

Com disfarce bom de gente

 

Somos todos vira-latas

Nossa vida é que tem raça

 

O slogan ganha massa

Mas não foi dia da caça

 

Volte ao mar essa oferenda

Pra que o símio não se ofenda

 

Tarde de início de primavera

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Enquanto a rua lá da frente está em reforma, todos os carros que entram na rua da faculdade, ao se depararem com a rua fechada cruzando a esquina, devem voltar de marcha ré. Isso gera um efeito muito interessante que eu apelidei de “de volta para o passado”, pois quando você anda numa rua que os carros estão retrocedendo, a impressão que dá é que estamos voltando no tempo!

E eu queria voltar ao tempo em que ninguém tinha medo de andar a pé pelas ruas. Que as pessoas não tinham que fazer campanhas para falar o óbvio “que elas não merecem nada de ruim”. Esse tempo existiu?

Se ele existiu, hoje encontrei essa vida na minha máquina do tempo.